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sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

Pintarroxo-comum (Linaria cannabina)

PASSERIFORMES


CLASSIFICAÇÃO CIENTÍFICA

CLASSE: Aves,
ORDEM: Passeriformes,
FAMÍLIA: Fringillidae,
GÊNERO: Linaria,
NOME CIENTÍFICO: Linaria cannabina

                  Pintarroxo-comum (Linaria cannabina) - Linnaeus, 1758 [LC].

                  O Pintarroxo-comum é um pequeno Pássaro da Família Fringillidae
                  Sua coloração é predominantemente marrom, com o peito avermelhado. As fêmeas e os mais jovens não têm a cor avermelhada e são um pouco esbranquiçados.
                  O Pintaroxo-comum foi retirado do Gênero Carduelis e colocado no Gênero Linaria.

DESCRIÇÃO

                  O Pintarroxo-comum tem um comprimento de 13 a 14 centímetros e um peso de 15 a 20 gramas, e uma envergadura entre asas de 21 a 25 centímetros. 

                  O macho, em plumagem de verão, tem a cabeça cinzenta, a testa e o peito vermelhos-carmim, o dorso castanho, a garganta e o abdómen esbranquiçados. As asas são castanhas e pretas, as rémiges primárias são pretas com as pontas brancas, assim como as retrizes da cauda. 
                  O uropígio é bege claro. 

                  Em plumagem de outono é mais acastanhado e não tem vermelho na testa e no peito. O bico é cinzento e as patas são acastanhadas. 

                  A fêmea, em plumagem de verão, tem as cores mais ternas do que o macho e não tem a testa e o peito vermelhos. No outono a plumagem é mais listada. Os juvenis são parecidos com as fêmeas mas mais castanhos nas partes superiores e com listas escuras. 

                  As partes inferiores são bege claro com listas castanho-escuras.
                  O bico e as patas são cinzentos.

DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA

                  A espécie é comum na Europa, no oeste da Ásia e no norte da África. Em Portugal está distribuída por todo o território, apenas não é encontrando em algumas zonas do litoral centro e do Baixo Alentejo.

TAXONOMIA

                  O Pintarroxo-comum é uma das várias espécies originalmente descritas por Linnaeus, em 1758, na 10ª edição da sua obra Systema Naturae, com o nome de Fringilla cannabina

                  O nome cannabina deriva do fato da ave gostar de sementes de cânhamo. Foi inicialmente incluído no Gênero Acanthis. Hibridiza com o Verdilhão-europeu (Chloris chloris), com o Lugre (Spinus spinus), com o Pintarroxo-de-queixo-preto (Acanthis flammea) e com o Pintarroxo-de-bico-amarelo (Linaria flavirostris). 

                  A subespécie Linaria cannabina guentheri era anteriormente designada por Carduelis cannabina nana, as subespécies propostas:
                  Linaria cannabina taurica (Crimeia), 
                  Linaria cannabina persica (Irã) e, 
                  Linaria cannabina fringillirostris (Caxemira), 
                  São consideradas como variantes da subespécie Linaria cannabina bella
                  São reconhecidas sete subespécies.


SUBESPÉCIES

                  Linaria cannabina cannabina - Linnaeus, 1758 – oeste, centro e norte da Europa (desde o centro e sul da Escandinávia para sul até ao norte da Espanha, norte de Itália, nordeste da Grécia, oeste da Turquia e Ucrânia) e desde o oeste e centro-sul da Sibéria para leste até ao Rio Ienissei superior, sul de Krasnoiarsk e norte de Altai
                  Fora da época de reprodução encontra-se também no Norte de África e Sudoeste Asiático.

                  Linaria cannabina bella - C.L.Brehm, 1845 – oeste e centro da Turquia, Chipre e Levante até ao Cáucaso, norte do Irã, sul do Turquemenistão, noroeste e nordeste do Afeganistão, sul e leste do Cazaquistão, oeste da Mongólia e noroeste da China (norte e noroeste de Xinjiang). 
                  Migrante fora da época de reprodução no Paquistão (Baluchistão, Punjab).

                  Linaria cannabina meadewaldoi - Ernst Hartert, 1901 – Canárias centrais e ocidentais (de El Hierro até à Grã Canária).

                  Linaria cannabina mediterranea - Tschusi, 1903 – desde a Península Ibérica até ao sul de Itália, Croácia, Grécia, ilhas do Mar Egeu, noroeste de África (países do Magrebe).

                  Linaria cannabina harterti - Bannerman, 1913 – Canárias orientais (Alegranza, LanzaroteFuerteventura).

                  Linaria cannabina autochthona - Clancey, 1946 – Escócia.

                  Linaria cannabina guentheri - Wolters, 1953 – Região Autónoma da Madeira.

HABITAT

                  É uma espécie que geralmente se encontra abaixo dos 2000 metros de altitude, mas que pode reproduzir-se a maiores altitudes, entre os 2300 e os 3600 metros. 

                  Frequenta habitats muito diversificados, tais como matagais, estepes, prados, pomares, jardins, parques, terrenos cultivados, florestas, clareiras das florestas, zonas de arbustos, pastagens, prados de montanha, pradarias, vales, encostas rochosas, dunas costeiras, margens de cursos de água.

HÁBITOS ALIMENTARES

                  A sua alimentação é basicamente composta de sementes, mas também consome alguns insetos. Gosta de sementes pequenas ou médias de diversas plantas herbáceas como as Polygonaceae (Polygonum, Rumex), as brassicáceas (Mostarda-selvagem (Sinapis arvensis), Bolsa-de-pastor (Capsella bursa-pastoris), as asteráceas (dente-de-leão, cardo, Sonchus, Anthemis, tasneirinha), de arbustos como o pilreteiro e de árvores como as bétulas. 
                  Alimenta-se no solo ou a pouca altura nos arbustos.

REPRODUÇÃO

                  Lugares abertos com grandes arbustos favorecem o acasalamento, pois seus ninhos são feitos geralmente em arbustos não muito longe do alcance da luz do sol.

                  A época de reprodução dura de meados de Abril ao princípio de Agosto e é constituída por 2 a 3 posturas, cada uma com 4 a 6 ovos azuis esbranquiçados com pintas escuras ou castanhas. 

                  O ninho é construído pela fêmea, numa sebe, num arbusto ou numa árvore pequena, em forma de taça e feito com pauzinhos, caules, raízes, líquenes, musgos e forrado com lã, pelos e penugem vegetal. 

                  A fêmea incuba os ovos sozinha durante 11 a 13 dias, depois de nascerem as crias são alimentadas pelos dois progenitores. Os juvenis deixam o ninho ao fim de 10 a 14 dias, continuando a depender dos pais durante mais duas semanas.

                  Quando não está na época do acasalamento, pode formar grandes bandos, às vezes misturados com outros pássaros da mesma família.

                  O Pintarroxo-comum faz o seu ninho em colônias, com vários casais a utilizarem determinada zona disponível de arbustos. É um pássaro parcialmente migratório, pois os pássaros mais a sul são residentes e os do norte migram para sul, em bandos de 200 a 300 aves.

FILOGENIA

                  A filogenia foi obtida por Antonio Arnaiz-Villena et al.

GALERIA:






































































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