Páginas

Mostrando postagens com marcador Bolívia. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Bolívia. Mostrar todas as postagens

sábado, 18 de fevereiro de 2023

Inhambú-xororó (Crypturellus parvirostris)

TINAMIFORMES


CLASSIFICAÇÃO CIENTÍFICA

CLASSE: Aves,
ORDEM: Tinamiformes,
FAMÍLIA: Tinamidae,
GÊNERO: Crypturellus,
NOME CIENTÍFICO: Crypturellus parvirostris

               Inhambú-xororó (Crypturellus parvirostris) - Wagler, 1827 [LC]

               O Inhambu-xororó, também conhecido popularmente como:
Inhambu-chororóInambu-chororó, Lambu, Nambu-de-pé-roxo, Lambu-de-pé-encarnado, Inambuzinho, Perdiz, Xororó, Inhambú-de-bico-pequenoInhambu-xororó, Inambu-xororó, Nambu-xororó, Nhambu-xororó, Inamu-xororó e Sururina, é uma espécie de Inhambú que pertence a Família Tinamidae.

DESCRIÇÃO

                O Inhambú-xororó é um tipo de Inhambu comumente encontrado em cerrado seco na América do Sul amazônica.

                O Inhamu tem aproximadamente 22 centímetros de comprimento. Suas partes superiores são marrom-escuras, com cinza a marrom nas partes inferiores e na cabeça. 
                Seu bico e pernas são vermelhos.

DIMORFISMO SEXUAL

                Há pouco dimorfismo entre os sexos, tendo a fêmea o bico vermelho-carmim intenso, e maior porte. 

                O macho tem o bico escurecido na ponta e vermelho esmaecido na base. 

VOCALIZAÇÃO

                A vocalização entre os dois sexos também é diferenciada.
                Sua vocalização consiste numa sequência de notas em escala descendente. 

ETIMOLOGIA

                Crypturellus é formado a partir de três palavras latinas ou gregas: kruptos significa coberto ou escondido, oura significa cauda e ellus significa diminutivo. Portanto, Crypturellus significa pequena cauda escondida.

                "Xororó" procede do nome tupi antigo para essa ave: xerorõ.

DISTRUIÇÃO GEOGRÁFICA:

                Seu alcance é a América do Sul amazônica; Brasil, exceto a porção sudeste, nordeste do Peru, leste da Bolívia, Paraguai e nordeste da Argentina.

HABITAT
            
                O Inhambú-xororó prefere a savana seca, mas também residirá em matagais de várzea.

HÁBITOS ALIMENTARES
               
                Como outros Inhabús, o Inhambú-xororó come frutas do chão ou arbustos rasteiros. 

                Eles também comem pequenas quantidades de invertebrados, botões de flores, folhas tenras, sementes e raízes. 

                O macho incuba os ovos que podem vir de até 4 fêmeas diferentes e, em seguida, os cria até que estejam prontos para ficar sozinhos, geralmente 2 a 3 semanas. 

                O ninho está localizado no solo em mata densa ou entre contrafortes de raízes elevadas.

REPRODUÇÃO

                Sua postura consiste em 4 ou 5 ovos de coloração rósea.

TAXONOMIA

                O Inhambu-xororó é uma espécie monotípica. 
                Todos os tinamou são da família Tinamidae, e no esquema maior também são ratitas. 

                Ao contrário de outras ratitas, os Inhambús podem voar, embora, em geral, não sejam fortes voadores. Todas as ratitas evoluíram de pássaros voadores pré-históricos, e os Tinamous são os parentes vivos mais próximos dessas aves.

SUBESPÉCIES

                Não há subespécies reconhecidas para esta espécie.

ESTADO DE CONSERVAÇÃO

                A IUCN classifica este inhamu como Pouco Preocupante, com uma área de ocorrência de 6.700.000 km².

CULTURA

                A espécie também, trouxe como uma inspiração,  para o nome artístico do cantor Durval de Lima, que faz parte da dupla sertaneja Chitãozinho & Xororó

                Uma música também leva o mesmo nome, fazendo menção das espécies de Inhambús: Inhambú-xitã e Inhambú-xororó, cantado pela dupla Sertaneja.

CATIVEIRO

                Adapta-se bem ao cativeiro, tendo ótima capacidade de reprodução, o que favorece o repovoamento em áreas naturais.
                Este canal, ORNITOLOGIA é contra qualquer tipo de criação de aves em cativeiro.

GALERIA:
















sexta-feira, 17 de fevereiro de 2023

Viuvinha-de-óculos (Hymenops perspicillatus)

  PASSERIFORMES


CLASSIFICAÇÃO CIENTÍFICA

CLASSE: Aves,
ORDEM: Passeriformes,
FAMÍLIA: Tyrannidae,
GÊNERO: Hymenops,
NOME CIENTÍFICOHymenops perspicillatus

               Viuvinha-de-óculos (Hymenops perspicillatus) - Gmelin, 1789 [LC]

               A Viuvinha-de-óculos é uma espécie de Pássaro que pertence a Família Tyrannidae.

DESCRIÇÃO

               A Viuvinha-de-óculos mede entre 13 e 16 centímetros de comprimento. O macho apresenta plumagem de coloração quase totalmente preta, com as rêmiges primarias com bela coloração branca que é melhor observada quando a ave se apresenta em voo. 

               A face é preta com extensa área nua revestida por uma pele amarela ao redor dos olhos que tem a íris amarela. O bico é claro, de coloração amarelada e os tarsos e pés são escuros, quase pretos.

               A fêmea é de coloração parda, com estrias no peito e ventre, sendo este mais claro e menos estriado que o peito. As asas apresentam coloração acastanhada. Uma listra superciliar de coloração clara pode estar presente acompanhada de uma faixa transocular escura. 
               Os flancos são castanhos.

               Os Jovens apresentam uma plumagem bastante similar a plumagem dos indivíduos do sexo feminino, com os juvenis do sexo masculino apresentando coloração mais escurecida quanto mais próximos da idade reprodutiva.

DIMORFISMO SEXUAL

               O macho é predominantemente preto, enquanto a fêmea é de cor parda, com estrias no peito e no ventre, com as asas de coloração acastanhada. 
               Os flancos são de cor castanha.

ETIMOLOGIA

               Seu nome científico significa do (grego) humën = pele; e öps = olho; e do (latim) perspicillata, perspicillatum, perspicillatus = lente, óculos, ver através de. ⇒ Pássaro com óculos de pele.

DISTRUIÇÃO GEOGRÁFICA:

               A Viuvinha-de-óculos pode ser encontrada nos seguintes países: Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Paraguai, Peru e Uruguai.

               Ocorre predominantemente no Estado do Rio Grande do Sul mas também pode ser encontrado sazonalmente nos Estados de Santa Catarina até o Rio de Janeiro, São Paulo, Oeste do Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e sul do Estado de Minas Gerais.

               Movimentos migratórios foram registrados na Argentina e no sudoeste do Paraguai, na fronteira com o Brasil, assim como fazem outros pássaros migratórios durante o inverno austral.

HABITAT
            
               Os seus habitats naturais são: matagal, árido, tropical ou subtropical, e pântanos.

HÁBITOS ALIMENTARES
               
               A Viuvinha-de-óculos captura insetos ficando próximo ou sobre o solo, e corre sobre bancos de lama.

REPRODUÇÃO

               Durante o acasalamento, o macho exibe-se em voo sobre áreas abertas.

SUBESPÉCIES

               Possui duas subespécies reconhecidas:

               Hymenops perspicillatus perspicillatus - J. F. Gmelin, 1789 – ocorre no extremo sul do Brasil - Rio Grande do Sul; Uruguai; Argentina - Río Negro; no inverno é encontrado no Paraguai, na região central da Bolívia e no Brasil.

               Hymenops perspicillatus andinus - Ridgway, 1879 – ocorre no Chile, desde o Atacama até a região de Los Lagos; sul da Argentina - Río Negro, Chubut, e norte de Santa Cruz; no inverno atinge o norte da Argentina.

GALERIA:
















sexta-feira, 10 de fevereiro de 2023

Saracura-lisa (Amaurolimnas concolor)

GRUIFORMES


CLASSIFICAÇÃO CIENTÍFICA

CLASSE: Aves,
ORDEM: Gruiformes,
FAMÍLIA: Rallidae,
GÊNERO: Amaurolimnas,
NOME CIENTÍFICOAmaurolimnas concolor

               Saracura-lisa (Amaurolimnas concolor) - Gosse, 1847 [LC]

               A Saracura-lisa (única espécie do Gênero Amaurolimnas) é uma espécie de Saracura da Família Rallidae.

DESCRIÇÃO

               Saracura-lisa tem de 20 a 23 centímetros de comprimento e pesa cerca de 95 a 130 gramas.  

               Eles têm um bico verde-amarelado de comprimento médio, olhos vermelhos e pernas e pés vermelho-rosados. 

               Amaurolimnas concolor guatemalensis é a maior das duas subespécies vivas; tem partes superiores marrom-oliva e partes inferiores marrons. 

               Amaurolimnas concolor castaneus também é marrom olivaceous acima, mas tem partes inferiores marrom ruivo.

DIMORFISMO SEXUAL

               Os sexos são iguais.

VOCALIZAÇÃO

               A canção da Saracura-lisa é uma "série de 6 a 20 assobios 'tooee' ascendentes". Os pares mantêm contato com "notas claras, mas não altas, assobiadas 'tooo'". 
               O chamado de alarme da espécie é "um 'kek' agudo e nasal".

DISTRUIÇÃO GEOGRÁFICA:

               Pode ser encontrada nos seguintes países: Belize, Bolívia, Brasil, Ilhas Cayman, Colômbia, Costa Rica, Equador, Guiana Francesa, Guatemala, Guiana, Honduras, México, Nicarágua, Panamá, Peru, Porto Rico, Venezuela e possivelmente em Jamaica.

HABITAT
            
               Os seus habitats naturais são: florestas subtropicais ou tropicais húmidas de baixa altitude, pântanos subtropicais ou tropicais e florestas secundárias altamente degradadas.

               Em elevação, varia do nível do mar até cerca de 1.000 metros.

HÁBITOS ALIMENTARES
               
               A Saracura-lisa forrageia principalmente na cobertura, onde procura folhagem e outros detritos e cava na lama com seu bico. 

               Sua dieta inclui minhocas, insetos e aranhas, pequenos anfíbios e lagartos, sementes e bagas.

REPRODUÇÃO

               A época de reprodução da Saracura-lisa é essencialmente desconhecida; na Costa Rica inclui julho.
               Acredita-se que seja territorial na época de reprodução. 

               Um ninho na Costa Rica estava em uma floresta pantanosa perto de um riacho. Era um copo feito de folhas no topo de um toco coberto de videira e continha quatro ovos.

TAXONOMIA

              A Saracura-lisa foi descrito pela primeira vez no gênero Rallus e em vários momentos desde então colocado nos gêneros Aramides e Laterallus antes de seu atual Amaurolimnas

              É o único membro desse gênero e tem duas subespécies existentes, Amaurolimnas concolor guatemalensisAmaurolimnas concolor castaneus

              A subespécie nomeada, o trilho de madeira jamaicano (Amaurolimnas concolor concolor), que era endêmica da Jamaica, está extinta.

SUBESPÉCIES

              São reconhecidas três subespécies:

              Amaurolimnas concolor concolor - Gosse, 1847 - extinta; ocorria na Jamaica.

              Amaurolimnas concolor guatemalensis - Lawrence, 1863 - do sul do México ao Equador.

              Amaurolimnas concolor castaneus - Pucheran, 1851 - da Venezuela às Guianas, Brasil, Peru e Bolívia.

ESTADO DE CONSERVAÇÃO

              A IUCN avaliou a Saracura-lisa como sendo de menor preocupação. 
              Tem um alcance muito grande e um tamanho populacional desconhecido que se acredita estar diminuindo. 
              Nenhuma ameaça imediata foi identificada. 

              Sua distribuição é irregular mesmo em áreas maiores de seu alcance. 
              “Por causa de seus hábitos secretos, [a] espécie é, sem dúvida, negligenciada e possivelmente é mais amplamente distribuída do que se sabe atualmente, mas [é] certamente afetada negativamente pela destruição de seus habitats florestais”.

GALERIA: