PASSERIFORMES
CLASSIFICAÇÃO CIENTÍFICA
CLASSE: Aves,
ORDEM: Passeriformes,
FAMÍLIA: Fringillidae,
GÊNERO: Serinus,
NOME CIENTÍFICO: Serinus canaria
Canário (Serinus canaria) - Linnaeus, 1758 [LC]
O Canário, ou como também é conhecido popularmente, Canário-belga, Canário-do-Atlântico, Canário-selvagem, Canário-da-ilha, Canário-comum e Canário-do-reino, é uma espécie de Canário que pertence a Família Fringillidae.
DESCRIÇÃO
O Canário pode variar de 10 a 12 centímetros de comprimento, com uma envergadura de 21 a 23,7 centímetros e um peso de 8,4 a 24,3 gramas, com um média de cerca de 15 gramas.
A envergadura é de 7,1 centímetros.
O macho tem uma cabeça predominantemente verde-amarelada e partes inferiores com uma testa, rosto e supercílio mais amarelos. A parte inferior do ventre e as coberturas infracaudais são esbranquiçadas e há algumas estrias escuras nas laterais.
As partes superiores são verde-acinzentadas com listras escuras e a garupa é amarela opaca. A fêmea é semelhante ao macho, mas mais opaca, com cabeça e peito mais grisalhos e partes inferiores menos amarelas.
Os juvenil são em grande parte marrons com listras escuras.
É cerca de 10% maior, mais comprido e menos contrastado que seu parente Chamariz (Serinus serinus), e tem mais cinza e marrom em sua plumagem e asas relativamente mais curtas.
ETIMOLOGIA
Este Canário tem o nome das Ilhas Canárias, e não o contrário.
O nome das ilhas é derivado do nome latino canariae insulae ("ilhas de cães") usado por Arnóbio, referindo-se aos grandes cães mantidos pelos habitantes das ilhas.
Uma lenda das ilhas, no entanto, afirma que foram os conquistadores que nomearam as ilhas em homenagem a uma tribo feroz que habitava a maior ilha do grupo, conhecida como 'Canarii'.
A cor amarelo canário, por sua vez, recebeu o nome do Canário-doméstico (Serinus canaria domesticus), produzido por uma mutação que suprimiu as melaninas da cor esverdeada original do Canário.
VOCALIZAÇÃO
A canção é um gorjeio prateado semelhante às canções do Chamariz (Serinus serinus) e do Verdilhão-serrano (Carduelis sitrinella).
DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA
É endémica das Ilhas Canárias, Ilha dos Açores e Ilha da Madeira na região conhecida como Macaronésia no Oceano Atlântico oriental.
Nas Ilhas Canárias, é comum em Tenerife, La Gomera, La Palma e El Hierro, mas mais local em Gran Canaria, e raro em Lanzarote e Fuerte ventura, onde só recentemente começou a se reproduzir.
É comum na Ilha da Madeira, incluindo Porto Santo e nas Ilhas Desertas, e foi registado nas Ilhas Salvage. Nos Açores, é comum em todas as ilhas. A população foi estimada de 80.000 a 90.000 pares nas Ilhas Canárias, e de 30.000 a 60.000 pares nos Açores e de 4.000 a 5.000 pares na Ilha da Madeira.
HABITAT
Ocorre em uma grande variedade de habitats, desde florestas de pinheiros e loureiros até dunas de areia. É mais comum em áreas semiabertas com árvores de pequeno porte, como pomares e capoeiras.
Frequentemente ocorre em habitats artificiais, como parques e jardins. Encontra-se desde o nível do mar até pelo menos 760 metros na Ilha Madeira, 1.100 metros nos Açores e acima dos 1.500 metros nas Ilhas Canárias.
Tornou-se estabelecido no Midway Atoll no noroeste das Ilhas havaianas, onde foi introduzido pela primeira vez em 1911. Também foi introduzido no vizinho Kure Atoll, mas não conseguiu se estabelecer lá.
Os canários foram introduzidos nas Ilhas Bermudas em 1930 e rapidamente começaram a se reproduzir, mas começaram a declinar na década de 1940, depois que as cochonilhas devastaram a população de cedro das Ilhas Bermudas e, na década de 1960, haviam desaparecido.
A espécie também ocorre em Porto Rico, mas ainda não está estabelecida lá.
HÁBITOS ALIMENTARES
Alimenta-se normalmente em bandos, forrageando no solo ou entre a vegetação rasteira. Alimenta-se principalmente de sementes como ervas daninhas, gramíneas e figos.
Também se alimenta de outros materiais vegetais e pequenos insetos.
Os Canários são animais granívoros, ou seja, alimenta-se de grãos e sementes que encontram em seu habitat.
Criadores de canários costumam alimenta-los com misturas, que podem ser encontradas em comércios ou feitas em casa, utilizando sementes de alta qualidade, como: alpiste, linhaça, semente de rabanete, semente de alface, semente de endívia, aveia, semente de cânhamo, negrillo.
Esses Canários também podem se alimentar de vegetais e fruta seca, que são muito importante para fornecê-los uma grande quantidade de vitaminas.
Durante a época de reprodução é necessário adicionar cálcio a alimentação, esse nutriente pode ser encontrado em osso de siba e conchas de ostra moída.
REPRODUÇÃO
É um Canário gregária que costuma nidificar em grupos, com cada par defendendo um pequeno território. O ninho em forma de xícara é construído 1 a 6 metros acima do solo em uma árvore ou arbusto, mais comumente de 3 a 4 metros.
Fica bem escondido entre as folhas, geralmente no final de um galho ou em uma bifurcação. É feito de galhos, grama, musgo e outros materiais vegetais e forrado com material macio, incluindo cabelos e penas.
A postura ocorre entre janeiro e julho nas Ilhas Canárias, e de março a junho com pico em abril e maio na Ilha Madeira e de março a julho com pico em maio e junho na Ilha dos Açores.
Eles são azuis claros ou verde-azulados com marcas violetas ou avermelhadas concentradas na extremidade larga. Uma embreagem contém 3 a 4 ou ocasionalmente 5 ovos e de 2 a 3 ninhadas são criadas a cada ano.
Os ovos são incubados por 13 a 14 dias e os filhotes deixam o ninho após 14 a 21 dias, mais comumente após 15 a 17 dias.
HISTÓRICO
No ano de 1042, nas Ilhas Canárias, foram encontrados os primeiros canários. Após a ocupação da ilha pelos espanhóis, em 1478, foi que ficou conhecida a docilidade da espécie, e que era possível cria-los em cativeiro.
Porém, foram os Monges que obtiveram sucesso na criação dos pássaros. A venda dos canários era realizada somente pelos espanhóis, para evitar que outras pessoas reproduzisse o pássaro, apenas os machos eram vendidos.
Isso acabou somente quando um navio carregado de canários naufragou, em 1662, e os tripulantes soltaram os pássaros que se espalharam por toda a Europa, encerrando assim o monopólio espanhol e dando inicio a mutações da espécie, como o Canela, e o Roller.
CRIAÇÃO
No inicio da criação de canários, é importante que o criador crie apenas uma linha de cor. É muito importante também associar-se a um clube ornitológico, para que haja interação com outros criadores, acompanhamento, orientações, conhecer outras experiências, etc.
Na hora da escolha dos pássaros deve-se ter em mente pássaros jovens e saudáveis.
Devem ser observadas as pernas, os pés, a região ao redor do bico e narinas, se elas estão completamente limpas e lisas, livres de qualquer infestação.
Dê preferência por canários que tenham sido anilhados.
A anilha é como se fosse o registro da ave, a certidão de nascimento. É um pequeno anel metálico, contendo alguns dados sobre a ave, principalmente o ano de nascimento. Preferencialmente, tente adquirir pássaros do ano corrente ou, no máximo, do ano anterior. No caso de pássaros adultos, procure aquele que tenha somente duas chocas.
Os meses para uma boa compra de pássaros são os meses de março e abril, quando o criador tem uma maior possibilidade de escolha. Neste período, nunca deixe para última hora.
Ao iniciar uma criação, adquira, no máximo, cinco casais.
O ORNITOLOGIA é severamente contra criar qualquer tipo de ave, anilhada ou não, seja Silvestres ou de criadouros. Façam passarinhadas com bastante cuidado pela natureza, sem incomodar o sossego e a paz de aves e pássaros.
Fotografe em distância, filme e curtam a natureza sem modificá-la, sem deixar restos de comidas artificiais, lixo, principalmente plástico expostos na natureza e nas trilhas.
Não toque em ninhos, ovos por onde fores.
Não toque em ninhos, ovos por onde fores.
NOVAS CORES
A cor vermelha foi introduzida no canário doméstico pelo cruzamento com o Pintassilgo-da-venezuela (Spinus cucullatus ou Carduelis cucullata), também chamado Tarim ou Pintassilgo-vermelho-da-América-do-Sul.
O Canário-negro-verdadeiro ainda não existe, mas está sendo tentado e poderia ser obtido pelo cruzamento do canário com o Pintassilgo-negro (Carduelis atratus), conforme artigo do ornitólogo Giorgio de Baseggio.
TAXONOMIA
O Canário foi classificado por Linnaeus em 1758 em seu Systema Naturae. Linnaeus originalmente classificou o Canário como uma subespécie do Chamariz (Serinus serinus) e os atribuiu ao gênero Fringilla.
Décadas depois, Cuvier os reclassificou no gênero Serinus e lá permaneceram. O parente mais próximo do Canário é o Chamariz (Serinus serinus), e os dois podem produzir em média 25% de híbridos férteis se cruzados.
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